domingo, 28 de setembro de 2014

COMEMORAÇÃO DE ANIVERSÁRIO DE 07 ANOS DO CINECLUBE ALEXANDRINO MOREIRA



Comemoração de aniversário de 7 anos do Cineclube Alexandrino Moreira tem dia inteiro para o cinema. Programação especial terá 12 horas de cinema, incluindo mesa redonda com João de Jesus Paes Loureiro, Luiz Arnaldo Campos e Jorge Bodanzky. Das 9h às 21h no dia 29 de setembro. Entrada franca. No momento em que chega aos sete anos de atividades, o Cineclube Alexandrino Moreira, apresenta programação especial. Durante todo mês de setembro, estão sendo exibidos diversos filmes do acervo do NPD Pará e parceiros do projeto, como a ACCPA – Associação de Críticos de Cinema do Pará. A festa maior será nesta segunda, dia 29, com uma intensa programação dedicada totalmente ao cinema. São 12 horas de exibições de filmes de todo o país, finalizando com uma mesa redonda para discutir a produção audiovisual da Amazônia. Nela estarão presentes os cineastas Luiz Arnaldo Campos (Pa) e Jorge Bodanzky (SP), o professor e pesquisador João de Jesus Paes Loureiro (Pa) e a mediação com a produtora cultural, jornalista e documentarista Luciana Medeiros.
Há sete anos, o Cineclube Alexandrino Moreira vem criando oportunidades de circulação e de acesso às produções audiovisuais. São sete anos abrindo janelas para a produção audiovisual paraense e brasileira com dificuldades de circulação, além de dar vazão ao cinema clássico e ao exercício da crítica, a partir da parceria com a Associação dos Críticos de Cinema do Pará. Criado pelo Núcleo de Produção Digital – NPD, em 27 de setembro de 2007, seu nome é uma homenagem a um dos grandes entusiastas do cinema de arte em Belém: Alexandrino Moreira, que durante anos manteve os Cinemas 1, 2 e 3. O Cineclube Alexandrino Moreira nasceu principalmente com a finalidade de circular a produção cinematográfica que não entra no circuito comercial comum.
Segundo o diretor do NPD e programador do Cineclube, Afonso Gallindo, “estamos prezando a essência do Cineclube Alexandrino Moreira. Esta é a alma do cineclube, ele nasceu com essa finalidade.”, afirma o gerente sobre a necessidade da circulação dos filmes. Janela para o cinema Nestes sete anos, o Cineclube Alexandrino Moreira consolidou seu espaço toda segunda-feira, no Teatrinho do IAP. Em sua tela já foram exibidas produções autorais brasileiras e filmes de arte, sempre com entrada franca. Suas atividades contam com parcerias importantes, que oportunizaram espaços de discussão e reflexão para além do simples entretenimento. Entre elas estão: Programadora Brasil, Associação Brasileira de Curta-metragistas do Pará (ABDeC Pará), Associação de Críticos de Cinema do Pará (ACCPA), Itaú Cultural, Fundação Joaquim Nabuco/CANNE, Mostra Curta-Circuito – Mostra de Cinema Permanente (MG), Escuela Internacional de Cine y Televisión - San Antonio de los Baños (EICTV - Cuba). (Cuba) Conselho Nacional de Cineclubes (CNC), Associação Brasileira de Curta-Metragistas (ABDN), além de diretores e produtoras independentes de todo o país, que aqui tiveram a oportunidade de exibir sua produção.
A programação de aniversário terá não apenas a exibição de filmes importantes, mas também uma mesa redonda para conversar a respeito da produção audiovisual da Amazônia. Para ela foram convidados três importantes nomes do pensar e fazer amazônico: Jorge Bodanzky, Luiz Arnaldo Campos e João de Jesus Paes Loureiro. De acordo com o gerente do NPD e coordenador do Cineclube Alexandrino Moreira, Afonso Gallindo, “a mesa propõe a reflexão acerca da imagem criada sobre a Amazônia, particularmente a paraense, em todo o seu percurso histórico”, afirma. Durante a programação, haverá sorteios de livros do acervo do Instituto de Artes do Pará, cupons de descontos em lojas, peças de roupa e acessórios e filmes em DVD. Ainda durante o dia, o cineasta Matheus Moura fará o pré-lançamento do DVD do filme “A Ilha”, que também terá uma cópia sorteada. No encerramento da noite será exibido o inédito: “Serra Pelada: A Lenda da Montanha de Ouro”(FOTO) documentário do cineasta Victor Lopes, inédito em Belém. Veja abaixo a programação completa de aniversário.
PROGRAMAÇÃO 9h – 11h - “All We Need Is Love”, curta-metragem de Wagner Depintor 17’30”/SP - “R.U.A.” Documentário de Marbo Mendonça 16’50”/PA - “Pixu” Documentário de João Wainer e Roberto T. Oliveira 61’37”/SP 11h – 12h - “Nossa História, Nossa Gente” Documentário produzido através do projeto "Tankalé - Formação para o Auto Registro Audiovisual Quilombola" 9’ /PE - “Salvaterra, Terra de Negro” Documentário de Priscilla Brasil 48’28/PA 14h - “Noel Rosa: Poeta da Vila e do Povo” Documentário de Dacio Malta 130´/RJ 16h30 - “Tristes Trópicos” de Arthur Omar 80’/SP 18h - Mesa: Olhar sobre a Amazônia Participantes - Jorge Bodanzky – Fotografo e Cineasta - Luiz Arnaldo Campos – Cineasta - João de Jesus Paes Loureiro – Professor e Pesquisador Mediação Luciana Medeiros- Jornalista e Produtora Cultural 20h - “O Custo do Progresso” Curta-experimental de Carlos Alessander 5’/Canaã dos Carajás - “Serra Pelada: A Lenda da Montanha de Ouro”, Documentário de Victor Lopes 1:40’/RJ
SINOPSES
FILMES - ALL YOU NEED IS LOVE, Curta-metragem de Wagner Depintor 17”/2010/SP Sinopse: Sérgio é um garoto que sozinho anda pelas ruas de uma cidade hostil e ainda desconhecida. Em uma espécie de ritual de iniciação, precisa acertar sua primeira vitima para ganhar o respeito de seus colegas mais velhos. - PROJETO R.U.A., Documentário de Marbo Mendonça 16’47”/2013/PA Sinopse: O Na Rua é um projeto que tem como objetivo identificar e mapear as ruas do mundo através da música e de histórias pessoais dos músicos envolvidos, contando uma história não linear, emocional e particular das cidades, além de mostrar fatos que passam desapercebidos por quem as frequentam. Registramos cada artista em uma rua que ele escolheu e em uma interpretação única, a história e a identidade sonora do local misturam-se com a música. - PIXO, Documentário de João Wainer e Roberto T. Oliveira 61’/2009/SP Sinopse: O impacto da pichação como fenômeno cultural na cidade de São Paulo e sua influência internacional como uma das principais correntes da Street Art. O filme participou da exposição Né dans la Rue (Nascido na Rua), da Fondation Cartier pour l’Art Contemporain, em Paris. O documentário mostra a realidade dos pichadores, acompanha algumas ações, os conflitos com a polícia e mostra um outro olhar sobre algumas intervenções já muito exploradas pela mídia. O filme não traz respostas, mas fornece argumentos para o debate: pichação é arte ou é crime? "A partir do momento que o filme e a temática são super bem aceitos em Paris, isso começa a abrir um pouco mais a cabeça da galera por aqui também", disse Oliveira. O documentário tem ainda Jorge du Peixe, Racionais, Tejo Damasceno e Instituto e uma música inédita do rapper Sabotage como trilha. As imagens de acervo de Djan foram lembradas por Roberto. "Ele é mais que uma personagem do filme. O Djan filmava pixação há muito tempo, usamos muito do acervo que ele tinha, imagens que a gente jamais conseguiria fazer", explicou. - NOSSA HISTÓRIA, NOSSA GENTE, Documentário produzido através do projeto "Tankalé - Formação para o Auto Registro Audiovisual Quilombola" na Comunidade Quilombola de Contedas / Salgueiro-PE. 9”/2009/PE Sinopse: Os adolescentes das Comunidades Quilombolas de Contendas e Tamboril (Salgueiro-PE), decidiram entrevistar os mais velhos. E fizeram um registro poético do encontro com o universo, ainda por descobrir, da história e dos costumes da sua própria comunidade. - SALVATERRA, TERRA DE NEGRO, Documentário de Priscilla Brasil 50’/2008/Belém Sinopse: A condição dos remanescentes de quilombos da Amazônia é apresentada em Salvaterra (Ilha do Marajó, Pará). O dia-a-dia das comunidades, os conflitos de terra, a expectativa da demarcação, as ameaças dos fazendeiros e a luta para manter a cultura viva estão representados de uma forma poética neste documentário. Um registro de 12 comunidades tradicionais amazônicas no século XXI. - NOEL ROSA – POETA DA VILA E DO POVO, Documentário de Dacio Malta 130’/2010/RJ Sinopse: Documentário musical narrado por Martinho da Vila e presta homenagem a um dos mais importantes compositores brasileiros que, apesar da sua curta carreira de apenas sete anos, deixou ao público 227 músicas de qualidade extraordinária, onde um grande número delas tornaram-se grandes obras que conhecem ainda hoje o sucesso. São entrevistas com 17 artistas, pesquisadores, cineastas, músicos e professores, e oferecem ao telespectador 46 músicas em companhia de Zé Renato e Mariana Baltar, Chico Buarque, Zeca Pagodinho, Caetano Veloso, Mart'nália, João Bosco, Paulinho da Viola, Dona Canô - sem falar do material de arquivo com imagens de Braguinha, Aracy de Almeida, Marília Baptista, Silvio Caldas, Ismael Silva, entre outros. O filme, como observou o diretor executivo Roberto Faisal, é uma rara oportunidade de ver tantas pessoas significativas da MPB reunidas, narrando à importância de Noel Rosa em suas vidas. O trabalho de pesquisa em torno do filme durou 20 meses. Mais de 60 horas de gravação reduzidas à duas horas e dez minutos de filme. Este filme atingiu o seu objetivo de imortalizar a trajetória e a obra de Noel Rosa. - TRISTES TRÓPICOS, de Arthur Omar 80”/1974 Sinopse: Filme-colagem que faz alusão em seu título ao livro de Claude Lévi-Strauss (Tristes Trópicos). Neste filme somos apresentados vida do Dr. Arthur. Um personagem brasileiro cuja história evoca uma aventura modernista em viagem transatlântica e o movimento do litoral ao sertão. Uma narração em off clássica dá conta, passo a passo, dos episódios da vida do médico que estuda na Europa, ligando-se a grupos de vanguarda, como o surrealismo, volta ao Brasil para percorrer a Zona da Mata, e acaba se transformando em uma figura de liderança de um movimento messiânico, em uma espécie de mestre de magia e ciência. No entanto, Triste Trópico não é negação do documentário, mas a expansão de seu vernáculo. Omar empreende um diálogo em bases polifônicas com uma determinada formação discursiva, não exatamente para rejeitá-la, mas para problematizá-la e apresentar a ela múltiplas possibilidades. - O CUSTO DO PROGRESSO, Curta-experimental de Carlos Alessander 5’8” 2010/Carajás Sinopse: Uma reflexão sobre nosso papel na sociedade em meio à exploração da fauna e da flora amazônica. Com uma linguagem poética, a ideia se desenvolve em um único plano. - SERRA PELADA: A LENDA DA MONTANHA DE OURO, Documentário de Victor Lopes 60’40”/2013/RJ Sinopse: Na década de 80, no coração da floresta amazônica, 115 mil homens garimparam 100 toneladas de ouro, carregando nas costas uma montanha de 150 metros de altura. Hoje, Serra Pelada se transformou num lago de 150 metros de profundidade, cercado por miséria, disputas e lendas. A aventura da maior corrida do ouro do século XX, e a segunda maior concentração de trabalho humano depois das pirâmides do Egito, é uma história que não acabou de ser contada. E, embaixo de tudo, tem uma laje de ouro.
Serviço: Aniversário 7 anos do Cineclube Alexandrino Moreira Segunda-feira, 29 de setembro de 2014 Das 9h às 21h – Entrada franca.

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