sábado, 24 de novembro de 2012

"PROMETHEUS"

Revi “Prometheus” ,agora em DVD. Confesso que aturei melhor o filme de Ridley Scott. O problema é que a gente ao se defrontar com dilemas filosóficos dentro de ficção cientifica é guinado a lembrar o “2001” de Kubrick. Digo Kubrick pois o filme superou o texto de Arthur C.Clarke. Ali o nosso possível ancestral é encontrado, ou nos encontra, e refaz a humanidade produzindo um feto que irá marcar a nova etapa da evolução biológica. No filme de Scott, astronautas chegam a um mundo que foi, pode-se dizer, uma das casas de criaturas que iriam marcar presença na Terra. Há influencia de “2001”. Na primeira sequencia vê-se um homem atlético (ou um mutante) à beira de um abismo, abrindo uma espécie de concha de onde sai uma substancia, ou um ser vivo, que o leva a cair no abismo. No futuro não muito longe (marcam 2069, uma ousadia profética), humanos vão achar numa caverna em um planeta de outro sistema solar as marcas desses seres que nos precederam. Mas sem um robô malévolo como HAL, o filme lança mão de criaturas hibernadas que despertam para eliminar quem as despertou, ou pretendendo estar em tempo de invadir o mundo onde estiveram (e parece terem sido mal recebidos). São os vilões disponíveis. Scott faz uma festa cenográfica com a sua espaçonave. E vai bem na amostragem de seu planeta desértico embora com uma atmosfera acessível ao pessoal da Terra. Não especifica quem é parecido com os seres humanos ou quem lembra o seu alien (do filme “Alien,O Oitavo Passageiro”). Continua tratando da penetração de genes anômalos, no caso uma astronauta que engravida de um colega que já tinha um desses aliens incorporado. Na confusão pensa-se que navegaram pelo espaço grotescas coleções de células e o mais próximo da nossa constituição. Por aí não entra mais Kubrick.A Terra abrigaria monstros em meio a seus “homo sapiens”. Parece dizer que,em tom bíblico, o bem e o mal ganhariam o mundo. Mas a missão de uma astronauta, particularmente, não termina com “Prometehus”(nome da nave). Ela fica no estranho planeta atrás de mais evidencias de quem nos gerou, ou “de onde viemos”. Isto quer dizer que os tipos da caverna extraterrestre não são constituem o nosso “ovo”. Há mais adiante. Certo um novo filme. “Prometheus” é blockbuster e quer sempre se pagar e dar lucro. O tema é explorado como uma aventura nas estrelas sem necessariamente uma guerra (e menos uma fantasia).É um terror que troca fantasmas com avôs de criaturas dignas do dr. Frankenstein. Mas até ai roteiro de Scott é insuficiente: o tipo de Mary Shelley é um castigo religioso. O homem só faz o homem com amor na com pedaços de cadaveres. Isto no século em que viveu a escritora (hoje tem proveta & cultura celular&clones). Na ficção do cinema moderno a mocinha teima em usar um cordão com um crucifixo.Persiste a fé em Deus criador. E continua buscando Adão. Fosse um filme dos Monty Phyton encontraria o Golem. Mas aguardemos. Enquanto não chega o “Prometeus 2” deliciemo-nos com este coquetel de informações apressadas de um cineasta administrador .Pelo menos ele instiga a imaginação.(Pedro Veriano)

Nenhum comentário:

Arquivo do blog