quarta-feira, 26 de setembro de 2012

"BLADE RUNNER" NA SESSÃO ACCPA/SARAIVA DIA 27/0912


O Caçador de androides que desejam viver Blade Runner, considerado um dos melhores filmes de ficção científica da história, completa 30 anos e é exibido em Belém Luzes de neon das propagandas de corporações industriais disputam território no espaço urbano com explosões. Uma irís se contrai ao analisar aquele cenário desolador. Assim inicia Blade Runner - O Caçador de Androides, obra que completa 30 anos em 2012 sendo um dos filmes mais cultuados dos últimos tempos, com sua mistura de ficção cientifica, policial noir e romance existencialista. A trama se passa em Los Angeles, no ano de 2019. A Corporação Tyrell criou os robôs da série Nexus virtualmente idênticos aos seres humanos. Eram chamados de replicantes. Os replicantes Nexus 6 eram mais ágeis e fortes e no mínimo tão inteligentes quanto os engenheiros genéticos que os criaram. Eles passaram a ser utilizados no espaço sideral em tarefas perigosas da colonização planetária. Após motim sangrento de quatro replicantes Nexus 6, estes foram declarados ilegais sob pena de morte caso tentassem regressar a Terra. Para a Tyrell, o importante é 'aposentar' os replicantes e não executa-los, ou seja, desliga-los. Já eles, liderados por Roy Batty (Rutger Hauer) só querem viver mais e não até quando o tempo de desligamento permitir. Então surge Rick Deckard, um exemplar policial da unidade de elite Blade Runner, que havia se aposentado mas é chamado para uma última missão: a captura - exterminio de Roy e seus companheiros. Com essa narrativa simples, porem permeada de significados, que Deckard vai investigando os Nexus 6 e conhecendo mais sobre a própria Tyrell e seus mandantes. É numa dessas visitas ao Sr. Tyrell que ele conhece a secretária Rachel (Sean Young). Ela não sabe que é replicante, mas seus olhos a traem. Ele se apaixona instantaneamente pela androide. Blade Runner é um filme de caçada humana, onde, de certo modo, todos buscam algo: Deckard busca encontrar os replicantes e, principalmente, um sentido para a própria vida. E ele persegue o amor de Rachel - que está imersa na busca de sua identidade inexistente - como forma de se libertar e se encontrar. Os replicantes Nexus 6 também seguem fugindo para ter mais tempo de vida. E assim, Ridley Scott configura uma obra fascinante, uma odisséia retro-futurista de humanos e máquinas, homens e mulheres que buscam alguma coisa. E ele consegue fazer isso com autoridade, após realizar Alien - O 8º passageiro. O roteiro do filme escrito por Hampton Fancher e David Peoples, é baseado no romance "Os Androides sonham com ovelhas elétricas?", de Phillip K. Dick. E mesmo distintos, filme e livro são visionários. Blade Runner ajudou a popularizar o autor em Hollywood, que passou a ter diversas obras adaptadas em produções como "O Vingador do Futuro" e o "Homem Duplo".

SERVIÇO:
Sessão ACCPA/APC apresenta “Blade Runner - O Caçador de Androides”, de Ridley Scott.
Nesta quinta, 27, às 17h, no espaço Benedito Nunes da Livraria Saraiva ((Boulevard Shopping, 2º piso). Entrada Franca.
Após o filme, debate entre o público e membros da Associação de Críticos de Cinema do Pará e da Academia Paraense de Ciências.(Lorenna Montenegro)

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