domingo, 12 de agosto de 2012

"FEBRE DO RATO" NO CINE ESTAÇÃO


Cláudio Assis retrata Recife com poesia em Febre do Rato “Depois do medo, vem o mundo. É isso que a gente do filme acredita” Nanda Costa, atriz de “Febre do Rato Finalmente estreia no Cine Estação das Docas, o mais novo filme do pernambucano Cláudio Assis, “Febre do Rato”, agora com novas datas e horários. A primeira sessão acontece neste sábado, às 20h30. No domingo, a tradicional sessão matinal às 10h e 20h30. Com uma fotografia sensível e detalhista de Walter Carvalho, o longa narra a história do poeta Zizo (Irandhyr Santos) e o mundo de abismos em que vive no Recife. Alimentado de poesia e da publicação do fanzine “Febre do Rato” que, para ele, serve como porta voz dos inquietos e agoniados, Zizo vive de inconformismo e em constante luta contra os interesses das classes dominantes. Quando conhece Eneida, uma jovem que desacredita nas convicções do poeta e não cede à sua inteligência e encanto, aos poucos, Zizo vai ficando mais instigado, insatisfeito com ele mesmo e suas certezas se tornam dúvidas. Zizo encontra o caos na sua relação com o espaço urbano e os que nele vivem (aqueles leitores de suas publicações).“Febre do Rato” é uma expressão popular típica da cidade do Recife que designa alguém quando está fora de controle, alguém que está danado. O filme de Cláudio Assis abriu o Festival Janela Internacional de Cinema do Recife no ano passado e com 8 prêmios, incluindo o de melhor filme, ator e atriz e de crítica, foi o grande vencedor do 4º Paulínia Festival de Cinema. Nanda Costa, que interpreta Eneida no filme, citou uma frase de Clarice Lispector ao agradecer ao prêmio: “Depois do medo, vem o mundo. É isso que a gente do filme acredita”. O pernambucano Cláudio Assis já se consagrou no cinema nacional por suas obras, entre curtas, documentários e longas que retratam um universo bem brasileiro. Do início de sua carreira como ator e cineclubista em Caruaru, até a direção do primeiro longa-metragem “Amarelo Manga” (2002), Cláudio Assis tem se destacado pelo estilo único, uma leitura muito intensa sobre as origens da violência, tanto física quanto psicológica, utilizando-se de uma estética que prioriza os cenários decadentes. Em seu marcante “Baixio de Bestas” (2006), o diretor apontou sua câmera para o campo, onde a violência contra a mulher é evidente, tratada como uma realidade abusiva e cruel no interior nordestino. O poético “Febre do Rato”, que provocou filas de espectadores quando foi exibido na capital pernambucana, divide a pauta de agosto do Cine Estação com outro sucesso de público:“Rock Brasília – Era de Ouro”, de Vladimir Carvalho, em últimas exibições.

Serviço
Febre do Rato Direção: Cláudio Assis. 110 min, P&B, 18 anos. Com Irandhir Santos, Matheus Nachtergaele, Juliano Cazarré e Ângela Leal.
Novas sessões de Febre do Rato com as últimas exibições de Rock Brasília: 11/08 - (sábado) 18h: Rock Brasília – Era de Ouro 20h30: Febre do Rato 12/08 - (domingo) 10h; Febre do Rato 18h: Rock Brasília - Era de Ouro 20h30: Febre do Rato 15/08 (quarta-feira) 18h: Rock Brasília - Era de Ouro 20h30: Febre do Rato 16/08 (quinta-feira): 18h: Rock Brasília – Era de Ouro 20h30: Febre do Rato 19/08 (domingo) 10h: Febre do Rato 20h30: Febre do Rato 26/08 (domingo) 10h: Febre do Rato 20h30: Febre do Rato

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