quinta-feira, 12 de abril de 2012

MALUCO BELEZA

Cinema é feito de imagens, documentários de verdades. Sim para o primeiro e talvez para o segundo. Ao escolher um tema, um diretor de documentário, a principio, deve gostar muito do assunto/pessoa do argumento. Mas o tal distanciamento onde vai parar?. Como fica a verdade absoluta que cada um deve ter?. Em “Raul – O inicio, o fim e o Meio”, Walter Carvalho, conseguiu um grande feito. Se mostrar tiete do cantor, mas se manter distante do homem que fez da vida um mar de loucura e sonoridades. O que se vê no filme são imagens reais numa seleção assombrosa de pesquisa que inclui muita coisa inédita e do tempo quando Raul não era ainda o Seixas. Os entrevistados que conheceram o cantor é que dão o tom da persona e das situações, aí entra Carvalho com uma montagem correta que traça o perfil senão pretendido, mas fiel e verdadeiro do que homem que se dizia “a mosca que sentou na sopa”. Vale a cena de Paulo Coelho, o agora mago que antes fazia carnificina de oferendas pra uma seita satânica. Agora, o filme deveria se chamar “As mulheres de Raul”, quando ficamos sabendo que o “maluco beleza” teve tantas, mas tantas esposas em tem pouco tempo. Como deve ser um bom documentário, ao acender as luzes do cinema, tirem suas conclusões.(Ismaelino Pinto)

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