segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

EU JÁ PASSEI UM TROTSKY!

Quando você vê o filme escrito e dirigido por Jacob Tierney, "Trotsky: a revolução começa na escola", a primeira coisa que se compara é aquelas bíblias ilustradas para crianças. Essa sensação não é uma coisa ruim, o filme é uma comédia refinada, que apenas que leu algo de Trotsky, ou dos grandes seguidores de Marx, ou o próprio Marx, vai entender as sutilezas dessa comédia. O filme é como se fosse uma aula de Introdução a Revolução. O filme mostra a vida de Leon Bronstein, que acredita ser a reencarnação de Trotsky, (sim o bolchevique), e começa a fazer a sua pseudo-revolução, na fábrica do seu Pai. Cansado do falatório revolucionário de Leon, seu pai decide mandá-lo para uma escola pública, a Montreal Weast High School. Leon tenta fazer a sua revolução, criando um sindicato e tentando mostrar aos alunos que a escola deveria ser algo interessante. Paralelo a isso, ele procura Franck McGovem, ex-militante comunista, para ser seu advogado o que ele recusa. E em uma dessas perseguições, ele conhece Alexandra, e diz que eles estão destinados a se casar ( Alexandra foi o nome da primeira mulher de Trotsky). E essas confusões de sentimentos se forma o filme.

Quando vi o filme, primeiramente eu achei um filme bobinho, mas eis que chega a um questionamento, que a meu ver, mostrou o grande porque do filme. O questionamento é “Apatia ou Tédio?”, Apatia é um estado de negação a qualquer estimulo, e o Tédio, é a simples falta desse estimulo, que quando surge muda toda a situação. A juventude de hoje, vive um grande momento de Apatia ou Tédio? Surgem os revoltados e revolucionários das mídias sociais e aqueles que desencorajam dizendo que essas atitudes na internet não levam a nada. A passo que quando um grupo se reúne em sindicatos, DCE s ou CAs, sempre são chamados de desocupados, ou não querem trabalhar ou estudar. Claro que existem de fato alguns desocupados que não querem nada com a vida, mas também existem pessoas que são o oposto disso, pessoas que lutam por seus ideais, não são loucos, e sim persistentes, elas tem uma idéias (e Ideias são a prova de balas).O filme me lembra que todo mundo tem a sua fase Trotsky, alguns não são uma fase, todo mundo tem os seus 15 minutos de revolução, quem nunca participou de uma passeata, gritou no pátio da escola, fez greve de fome, fugiu de casa, discutiu política, e quis mudar o mundo? Todos passamos por isso, o problema que isso não pode ser uma moda passageira, a vontade de fazer algo por si, para melhora a sua própria condição e faça isso também pensando “ alguém, precisa que eu faça isso”.

Nesse fim de post, me lembro da pergunta do ENADE desse ano que eu fiz, (Ciências Sociais) a pergunta foi “O que você acha que deveria ser feito para melhorar a educação do Brasil?” e como vários dos meu amigos, eu respondi “O governo deveria seguir as diretrizes já existentes do MEC, pois elas são as mais completas do mundo, só que totalmente descumpridas”.(Raoni Arraes)

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