segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

"CORAÇÕES E MENTES" DE PETER DAVIS NO CINECLUBE ALEXANDRINO MOREIRA DIA 01/02/10


“CORAÇÕES E MENTES”
Original : Hearts and Minds - EUA, 1976
Direção e Roteiro : Peter Davis
Argumento : Aproveitando material de arquivo e depoimentos com personalidades políticas, ex-combatentes americanos e sobreviventes vietnamitas colhidos nos anos de 1972 e 1973 - além de inserções de trechos de filmes de Hollywood -, “Corações e Mentes” procura demonstrar o militarismo exacerbado e racismo intrínsecos à cultura dos Estados Unidos que acabram levando o país ao extenso conflito no Sudeste Asiático.
Importância Histórica : O título do documentário foi retirado de uma famosa frase do presidente Lyndon B. Johnson : "A vitória da América dependerá dos corações e mentes das pessoas que moram no Vietnã". Considerado um dos grandes documentários da história do cinema, “Corações e Mentes” mostrou a força do genêro ao levantar questões pouco discutidas sobre a guerra do Vietnã além de mostrar a força das imagens do cinema como elemento de conscientização. Na época de sua estréia nos cinemas, depois da distribuidora Columbia Pictures recusar-se a distribuir a obra, os produtores adquiram de volta os direitos do documentário e ele foi lançado nos Estados Unidos em março de 1975 pela Warner Bros..O documentário foi produzido entre 1972 e 1973 e lançado no ano seguinte no Festival de Cannes, onde foi aclamado tanto pela crítica quanto pelo público. Um ano depois, o filme recebeu o prêmio de Melhor Documentário no “Oscar”.

CINECLUBE ALEXANDRINO MOREIRA
“CORAÇÕES E MENTES”
AUDITÓRIO DO IAP
(Instituto de Artes do Pará - ao lado da Basília de Nazaré)
SEGUNDA-FEIRA DIA 01/02/10
HORÁRIO : 19 H
ENTRADA FRANCA
Após o filme, debate entre o público e críticos da ACCPA
PROGRAMAÇÃO : ACCPA (Associação dos Críticos de Cinema do Pará)

"CABARET" DE BOB FOSSE NA SESSÃO CULT DO CINE LÍBERO LUXARDO DIA 30/01/10

“CABARET”
Original: Cabaret - EUA, 1972
Direção : Bob Fosse
Roteiro de Jor Masteroff, John Van Druten, Christopher Isherwood e Jay Presson Allen baseado no musical de Joe Masteroff e John Van Druten.
Fotografia de Geoffrey Unsworth
Música de John Kander
Elenco: Liza Minnelli, Joel Grey, Michael York, Helmut Griem, Marisa Berenson.
Argumento: O cabaré Kit Kat na Berlim de 1930 é palco das aventuras amorosas da cantora americana Sally Bowles (Minnelli),especialmente com o professor de inglês, também norte-americano, Brian Roberts (York), de quem engravida. Pensando sempre em ser atriz de cinema, Sally pratica o aborto sem consentimento de Brian e isto faz estremecer a relação entre eles. Paralelamente o nazismo ganha campo no país e na sequência final já se observa, na platéia do cabaré, vários soldados com suástica gravada nas lapelas de suas camisas.
Importância Histórica: A versão cinematográfica de “Cabaret” resultou no maior sucesso das carreiras do coreógrafo e cineasta Bob Fosse (ator de “O Pequeno Príncipe”) e da atriz Liza Minnelli (filha do diretor de cinema Vincente Minnelli e da atriz Judy Garland). Mais do que um musical, o filme mostra muito bem como a Alemanha deixou-se dominar pelo nazismo. Os números musicais apresentados utilizam metáforas desta situação. E em “flashes” observa-se o contraste existente na República de Weimar (a Alemanha depois da 1ª. Guerra Mundial): de um lado a pobreza gradativa da população, vulnerável aos extremos de direita (nazismo) e esquerda (comunismo), e de outro a diversão nos cabarés onde em meio a cenários luxuosos estava a descrição musical (sendo emblemático o numero final) do panorama politico.O filme ganhou 8 “Oscar”: atriz, direção, ator coadjuvante, direção de arte,fotografia,edição, musica e som.Quando a critica mundial relacionou os 100 melhores filmes do século XX “Cabaret” estava entre os 30 primeiros títulos.

SESSÃO CULT
“CABARET”
CINE LÍBERO LUXARDO
SABÁDO DIA 30/01/10
HORÁRIO : 16 H
ENTRADA FRANCA
Após o filme, debate entre o público e críticos da ACCPA
PROGRAMAÇÃO : ACCPA (Associação dos Críticos de Cinema do Pará)

"AS AVENTURAS DO CAPITÃO MARVEL" E "A BOLHA ASSASSINA" NA SESSÃO AVENTURA DO CINE OLYMPIA DIA 31/01/10


SESSÃO AVENTURA
SERIADO : “AS AVENTURAS DO CAPITÃO MARVEL” - Episódios 9 e 10.
LONGA-METRAGEM :
“A BOLHA ASSASSINA”
Original: The Blop –EUA,1958
Direção de Irvin R. Yeaworth Jr.
Roteiro de Kay Linaker do livro de Amélia R. Long
Fotografia de Thomas Spalding
Música de Ralph Carmichael e Burt Bacharach.
Elenco: Steve McQueen, Aneta Corsaut, Eral Owe e George Karas.
Argumento : Um casal de namorados em uma pequena cidade americana observa o que seria a queda de um meteorito (“estrela cadente”). O bólido cai perto de onde eles estavam e logo sabem que deixou no chão uma gosma a ser retirada por um camponês. Mas esta gosma tem a faculdade de absorver objetos e com isso aumentar seu tamanho. Logo se sabe que a “bolha” extraterrestre (como ficou conhecida) tende a aumentar indefinidamente ameaçando desequilibrar a órbita da Terra.
Importância Histórica : O filme marcou a estréia do ator Steve McQuenn e lançou a música-tema de Burt Bacharach um rápido sucesso. No gênero “science-fiction” está entre os roteiros sobre ameaças vindas do espaço, inspirando-se no livro “ A Cadeia das 7” de Stephen Wull. Foi um “filme B” tão comentado nos anos 60 que chegou a gerar uma refilmagem de sucesso nos anos 90.

SESSÃO AVENTURA
“AS AVENTURAS DO CAPITÃO MARVEL” (EPISÓDIOS 9 E 10)
“A BOLHA ASSASSINA”
CINE OLYMPIA
DOMINGO DIA 31/01/10
HORÁRIO : 16 H
ENTRADA FRANCA
PROGRAMAÇÃO : ACCPA (Associação dos Críticos de Cinema do Pará)

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

"A MARCA DA MALDADE" DE ORSON WELLES NA SESSÃO CINEMATECA DIA 24/01/10

“A MARCA DA MALDADE”
Título Original:Touch of evil
Estados Unidos, 1958
Direção: Orson Welles
Elenco: Janet Leigh, Charlton Heston, Orson Welles, Ray Collins, Joseph Calleia, Akim Tamiroff , Marlene Dietrich
Argumento : Ao investigar um assassinato, Ramon Miguel Vargas (Charlton Heston), um chefe de polícia mexicano em lua-de-mel em uma pequena cidade da fronteira dos Estados Unidos com o México, entra em choque com Hank Quinlan (Orson Welles), um corrupto detetive americano que utiliza qualquer meio para deter o poder.
Importância Histórica: Depois de anos sem filmar sob a produção de um grande estúdio, Welles faz mais uma de suas obras-primas com um roteiro impecável e com grande atuações de Charlton Heston, Janet Leigh e do próprio Welles num dos papéis principais. A música da Henry Mancini e a fotografia em preto e branco criam um clima diferenciado para a história num filme que é considerado por muitos críticos como um dos 100 melhores do cinema.

SESSÃO CINEMATECA
“A MARCA DA MALDADE”
Cine Olympia
Domingo dia 24/01/10
Horário : 16 h
Entrada Franca

"MONTY PHYTON : O SENTIDO DA VIDA" NA SESSÃO CULT SABÁDO DIA 23/01/10


"MONTY PHYTON : O SENTIDO DA VIDA"
Original: The Meaning of Life-Inglaterra,1983
Direção de Terry Gilliam e Terry Jones.
Roteiro de Graham Chapman, John Cleese, Terry Gilliam, Terry Jones, Eric Idle e Michael Palin.
Fotografia de Peter Hannan e Roger Pratt.
Música de John Du Prez
Elenco: Os Monty Phyton (Graham Chapman, John Cleese, Terry Gilliam, Terry Jones, Eric Idle, Michael Palin), Carol Cleveland, Simon Jones,Patricia Quinn,Jude Law.
Argumento: O filme é feito de seqüências independentes que tentam explicar, sempre em tom de farsa, o que diz o titulo, ou seja, o sentido da vida. Nessa busca filosófica entram esquetes críticos sobre o comportamento humano, como um casal religioso que só faz sexo para procriar e por isso soma uma multidão de crianças, uma aula de sexo para homens, um homem obeso que literalmente explode num restaurante de luxo e a sátira ao “Sétimo Selo” de Ingmar Bergman, com a morte levando as pessoas depois de uma conversa sem sentido.
Importância Histórica: O filme é o mais caro e o último do grupo de comediantes ingleses, os Monty Phyton,nascidos e criados na televisão. Ao contrário de seus projetos anteriores para cinema como “A Busca do Santo Graal” e “A Vida de Bryan”, feitos com baixo orçamento e terminados pela interferência de amigos como George Harrison (o Beatle), desta vez entrou dinheiro da Universal Pictures e uma distribuição internacional.O humor dos Phyton, extremamente debochado, não agradou muita gente. Mas foi reconhecido ao ganhar o Prêmio Especial do Júri do Festival de Cannes de 1983. Também foi o inicio do fim do grupo cômico. Terry Gilliam foi para os EUA e ainda hoje é diretor de sucesso tendo feito filmes como “Os 12 Macacos”, “Brazil”, “O Pescador de Ilusões”, “As Aventuras do Barão Munchausen”e o recente “The Imaginarium of Doctor Parnassus”, último trabalho do ator Haeth Ledger.Graham Chapman morreu em 1989. John Cleese é ator de diversas comédias americanas. Eric Idle ainda marca presença como ator e Michael Pallin também interpreta e escreve mas não dirige comédias.

SESSÃO CULT
"MONTY PHYTON : O SENTIDO DA VIDA"
Cine Líbero Luxardo
Sabádo dia 23/01/10
Horário : 16 h
Entrada Franca
Após o filme, debate entre o público e críticos da ACCPA
Programação : ACCPA (Associação dos Críticos de Cinema do Pará)

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Vicio e Virtude

O dr. Gergory House (Hugh Laurie) da aplaudida série de TV, toma analgésico como água depois de uma burrada de colega que lhe operou uma perna. Mas House não chegou a ir adiante para diminuir sua dor. Pelo menos no vídeo nunca usou cocaína, heroína, crack e outras drogas. Menos feliz o policial Terence McDonagh que Nicolas Cage miraculosamente interpreta (pois para mim ele nunca foi bom ator) em “Vicio Frenético”(Bad Lieutnant) o novo filme de Werner Herzog.
Terence luxou a coluna (ou deve ter sido levado a fazer uma hérnia de disco) quando foi salvar um preso de ser afogado dentro de uma cela durante o furacão Katrina em New Orleans. O lado médico da coisa é extremamente reticente. O rapaz poderia passar por uma cirurgia como passou House (que mesmo assim, e sem se explicitar o mal, prosseguiu com as dores). Mas o seu médico foi curto e grosso: “-Tome analgésico sempre”. O “sempre” levou o paciente ao superlativo. Logo o policial estava abordando gente na rua, pedindo que esvaziasse os bolsos, pegasse a droga que a pessoa escondia, e, sem dar queixa a seu departamento, levava consigo para consumo próprio.
São muitos os filmes sobre viciados em tóxicos. Um dos melhores foi “Escravo do Vicio”(L’Esclave/França, 1953) de Yves Ciampi (1921-1982) com Daniel Gélin (1921-2002), pai da atriz Maria Schneider (par de Marlon Brando em “O Último Tango em Paris” e de Jack Nicholson em “O Passageiro” de Antonioni). Ali um homem entregue à cocaína vai ao “delirius tremus”. Próximo do que se viu através de Billy Wilder & Ray Milland trocando-se a coca por álcool em “Farrapo Humano”(Lost Weekend/EUA,1945). Antes de seguir: álcool é droga. E no cinema talvez tenha mais exemplos ilustrativos: além de Milland, ganhador de Oscar pelo papel, penso em Jack Lemmon e Lee Remick em “Vicio Maldito”(Days of Wine and Roses/EUA,1963) de Blake Edwards.
Nada melhor para tratar do homem da lei que dá mau exemplo do que Werner Herzog, cineasta alemão que dirigiu Klaus Kinski mais de uma vez, prova de quem sabe lidar com temperamentais (para não dizer malucos). O próprio Herzog exibia um comportamento explosivo – ou simplesmente fora dos padrões de uma época. Isto quando o conheci, em 1980. Ele queria de Belém roupas antigas para filmar “Fitzcarraldo” (1981) história de um seringalista maluco que desejava construir um teatro na selva amazônica para exibir operas. A inauguração seria com a presença de Enrico Caruso, a voz mais aplaudida das primeiras décadas do século XX .Andei com Herzog atrás disso até em programas de rádio. Em minha casa deixou-se fotografar abrindo a camisa no dizer que a câmera é uma arma (e ele estava se entregando a um “fuzilamento”). Antes desse encontro, passei seus primeiros filmes em cópias de 16mm na sede da AABB pelo Cine Clube APCC (a hoje ACCPA). Eram peças cabeça. Lembro de uma seqüência extremamente longa de pequenas personagens passeando em roda sem uma explicação racional. O filme chamava-se “Os Anões Também Começam Pequenos”(Auch Zwerge Haben Klein Amgefangen/Alemanha,1967) . Esse tipo de cinema era adorado por alguns colegas da critica. Mas dele saiu pelo menos um titulo que fez sucesso popular: “O Enigma de Kaspar Hausen”. O distribuidor do filme no Brasil, Jeberlotti, também esteve aqui e fez a maior propaganda de seu produto. Vendeu-o a Luís Severiano Ribeiro, mas com dublagem para o francês. O ator,Bruno S (Bruno Schlierstein) foi descoberto pelo cineasta em um asilo.Não era muito diferente do garoto criado com animais (Kaspar Hauser) e o posterior Stroszek(outro titulo de Herzog). Lembra o que o belga Jaco Van Dormael fez com Pascal Duquenne em “O Oitavo Dia”(Le Huitième Jour/França,1996) – e também no aqui ainda inédito “Mr. Nobody”(França/Itália, 2009).
Hoje fazendo cinema nos Estados Unidos, Werner Herzog mostra-se perfeitamente entrosado na cinematografia industrial (eu poderia dizer popular). Este seu filme com Nicolas Cage pode até ser detestado por seus antigos cultores. Mas é um dos melhores que fez. Despojado dos vícios cinemanovistas(esses tão perigosos quanto os encenados), trabalha um drama humano com a profundidade que não afunda quem assiste. E deixe momentos magníficos como o final, com o policial e o homem que salvara anos antes, ambos sentados diante de um aquário, ele dizendo que “ainda se arrepende de ter molhado a sua cueca” ao se atirar n’água. Um sopro de humor numa tragédia onde o riso que se vê antes é sardônico como o de uma hiena.
E este ano é o terceiro filme que eu vejo em cinema. Eu que antes via mais filmes em salas de rua do que os dias do calendário. Pudera, cinema, hoje, é loja de shopping. E só deixa de vender o produto quando sai de moda...(Pedro Veriano).

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Lembrando Wyler

A revisita a “Fogo de Outono”(Dodsworth) deve sugerir uma visão mais ampla da obra de William Wyler um dos mais talentosos cineastas americanos da fase “de ouro”de Hollywood.
Wyler visitou Belém já aposentado. Veio com a esposa e hospedou-se no Hotel Grã Pará. Pensei em entrevistá-lo. Mas antes de mim foi o Ubiratan de Aguiar (Pierre Beltrand). Começou chamando-o de diretor de “...E O Vento Levou”(confundiu o filme com “O Morro dos Ventos Uivantes”). Depois disse logo que não se expressava em inglês, espanhol ou francês, opções do visitante. Gripado, Wyler despachou o jornalista e pediu aos norte-americanos que trabalhavam no escritório do USIS (United States Information Service),ao lado do consulado ianque, que não mais o incomodassem. Naquele tempo ainda havia uma brecha oferecida por meus amigos do mesmo departamento: uma viagem de iate que o diretor em volta da cidade. Não fui. Lamentei. Wyler morreu pouco tempo depois.
Mas há muito a ver e falar dele. Diretor preferido de Bette Davis, li de sua simplicidade ao comentar uma seqüência de um filme com Bette, “Pérfida”(The Litlle Foxes)em que ela era sempre focalizada da cintura para cima.Um espectador pensou que a tomada queria dizer do caráter malévolo da personagem. Wyler riu. Bette havia batido a perna e não podia ficar de pé. Filmou sentada. Só isso.
Em “O Morro dos Ventos Uivantes” reclamaram que o filme só focou uma parte do romance de Emile Bronté. Wyler não deu bola. Fez a melhor das versões do trágico romance do pobretão(mais tarde milionário) Hatchcliff e a aristocrata Cathy (Laurence Olivier e Merle Oberon). Basta o plano de Cathy ao dizer para a criada “I am Hatchcliff!”(Eu sou Hatchcliff) e um raio iluminar seu rosto. A escritora não teve esse poder de síntese.
Em “Perdição por Amor”(Carrie) a sutileza foi ao máximo no final, quando o fracassado amante(ainda Olivier) da atriz que dá nome ao texto original de Theodor Dreiser (Jennifer Jones), vai pedir à ela um pouco de comida e, ao sair do camarim da jovem abre a torneira de gás. Está implícito que ele vai se matar. Nada de falas ou filmagem explicita.
Neste “Fogo de Outono” a saída do empresário da fabrica que ajudou a criar e agora abandona na aposentadoria, com os empregados fazendo fila para ele passar, é um prodígio. A câmera segue atrás de Dodsworth (Walter Huston), o personagem.
Não vi um só filme ruim deste grande diretor. E ele esteve em vários gêneros, do introspectivo como o citado “Carrie” ao megalômano “Ben Hur”.Trabalhava para produtores que o prestigiavam e escolhia atores capazes para os papéis de seus filmes. E sabia narrar, sabia transmitir o que lhe era dado a transmitir.
Wyler jogava no time de Hitchcock, Hawks, Ford, Capra, McCarey, Lubitsch, Wilder, Dieterle, Wellman, King, Fleming, e poucos mais que faziam os gols do cinema americano de inicio da era sonora. Muito de sua obra já existe em DVD. Quem está aprendendo cinema que o conheça logo.(Pedro Veriano)

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

CLÁSSICO "FOGO DE OUTONO" NO CINE OLYMPIA - DE 19 À 31/01/10

"FOGO DE OUTONO"
Direção: William Wyler
Roteiro: Sinclair Lewis (romance), Sidney Howard (dramatização / roteiro), Robert Wyler (contribuição especial)
Gênero: Drama/Romance
Ano de Produção : 1936
Duração: 101 minutos
Com : Walter Houston, Paul Lukas e Mary Astor
Sinopse : Com dinheiro da venda do carro, um casal viaja num cruzeiro pela Europa e, ao invés de uma segunda lua-de-mel, vive uma crise, já que a esposa paquera outros homens para se sentir atraente e o marido se encanta com a presença de outra jovem divorciada. Belíssima adaptação do romance de Sinclair Lewis, sobre um homem com muitos anos de casamento que percebe que pode perder a mulher amada. Daí, ambos vêem-se forçados a reavaliar suas vidas e suas diferentes maneiras de encantar e conhecer o mundo. Indicado ao "Oscar" de Melhor Filme, Melhor Direção (William Wyler), Melhor Gravação de Som, Melhor Roteiro, Melhor Ator (Walter Huston) e Melhor Atriz Coadjuvante (Maria Ouspenskaya).

"FOGO DE OUTONO"
Cine Olympia
De 19 à 31/01/10
Horário : 18:30 h
Entrada Franca

"AS AVENTURAS DO CAPITÃO MARVEL" E "O ENIGMA DE OUTRO MUNDO" NA SESSÃO AVENTURA DO CINE OLYMPIA DOMINGO DIA 17/01/10


SERIADO:
"AS AVENTURAS DO CAPITÃO MARVEL" - 4a. série- Episódios 7 e 8
LONGA-METRAGEM:
"O ENIGMA DE OUTRO MUNDO" (O Monstro do Ártico)
Original: The Thing-EUA,1951
Produção de Howard Hawks
Direção de Christian Nyby
Roteiro de Charles Lederer e John Campbell Jr
Fotografia de Russel Harlam
Música de Dmitri Tiomkim
Elenco: Kenneth Tobey. Margaret Sheridan, Robert Cornthwaite, Douglas Spencer, Dewey Martin.
Argumento: Numa base americana no Ártico é detectado um objeto misterioso que teria caído no gelo. Pelas dimensões conseguidas através do radar sabe-se que se trata de um disco, e logo surge a hipótese de se tratar de um dos discos voadores que estavam aparecendo, na época, em diversas partes do mundo. Os cientistas explodem o gelo e não demora a surgir no acampamento um ser vegetal bípede que anda como uma criatura humana. Se for retirado um pedaço do corpo deste ser, este pedaço nasce de novo. Começa a luta para eliminar o que seria uma ameaça de outro planeta.
Importância Histórica : O famoso cineasta Howard Hawks produziu e co-dirigiu como co-escreveu este filme B para a sua empresa, a Winchester. É possível que Hawks, um nome famoso na cinematografia, não quisesse expor o seu nome em uma “science-fiction”, gênero então só explorado em filmes de baixo orçamento (e pretensão) Mas “A Coisa”, como ficou conhecido o trabalho, ganhou espaço não só entre os fãs do gênero. Elogiado pela critica, o filme se inscreveu entre os melhores desse tipo em uma época. Nos anos 80, o diretor John Carpenter fez a sua versão a cores e com uma produção mais cara com o ator Kurt Russel no elenco.Em 2001 “The Thing” ganhou o prêmio do National Film Preservation Board.
SESSÃO AVENTURA
"AS AVENTURAS DO CAPITÃO MARVEL"
"O ENIGMA DE OUTRO MUNDO"(O Monstro do Ártico)
Cine Olympia
Domingo dia 17/01/10
Horário : 16 h
Entrada Franca
Programação : ACCPA (Associação dos Críticos de Cinema do Pará)

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

"ERASERHEAD" DE DAVID LYNCH DIA 18/01 NO CINECLUBE ALEXANDRINO MOREIRA


"ERASERHEAD"
Direção e roteiro : David Lynch
Ano de Produção : 1977
Duração : 88 minutos
Com Jack Nance, Charlotte Stewart e Allen Joseph
Sinopse : Henry Spencer (Jack Nance) é um reservado operário de uma fábrica que se vê obrigado a casar com Mary X, uma antiga namorada que se diz grávida dele. O bebê nasce uma aberração, que faz com que Mary abandone Henry para ele cuidar da 'criatura' sozinho.
Importância Histórica : Primeiro filme dirigido pelo diretor David Lynch, hoje considerado um dos nomes mais importantes do cinema moderno, com realizações polêmicas como "Veludo Azul", "Cidade dos Sonhos" e "Império dos Sonhos". "Eraserhead" foi premiado no Festival de Avoriaz no ano de sua produção, chamando a atenção do diretor/produtor Mel Brooks que no final dos anos 70 estava montando uma produtora que teria como seu primeiro grande lançamento "O Homem Elefante". Lynch foi convidado para dirigir este filme que acabou sendo distribuido mundialmente, ao contrário de "Eraserhead" que ficou inédito em vários países em cinema, inclusive no Brasil. Considerado um filme hermético, estranho e cheio de simbolismos dificéis de entender, o filme acabou não sendo bem visto pelo público e pela crítica internacional na época. Hoje, o filme é visto como a primeira obra importante do polêmico diretor.

"ERASERHEAD"
Cineclube Alexandrino Moreira
(Auditório do IAP - Instituto de Artes do Pará / ao lado da Basílica de Nazaré)
Segunda-Feira Dia 18/01/10
Horário : 19 h
Entrada Franca
Após o filme, debate entre o público e críticos da ACCPA
Programação : ACCPA (Associação dos Críticos de Cinema do Pará)

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

CURSO DE ASSISTÊNCIA DE DIREÇÃO E CONTINUIDADE EM CINEMA NO IAP

Núcleo de Produção Digital abre inscrições a partir desta segunda-feira (11). O Núcleo de Produção Digital do Instituto de Artes do Pará (IAP) oferece de 26 de janeiro a 1º de fevereiro o Curso de Assistência de Direção e Continuidade em Cinema, com a produtora Gláucia Soares. As inscrições, gratuitas, estão abertas de 11 a 21 de janeiro na sede do Instituto, mediante apresentação de currículo.
Direcionado para estudantes das áreas de Comunicação, Artes Visuais e afins e pessoas com experiência na área do audiovisual, o curso aborda o trabalho da equipe de direção, em especial os assistentes de direção e o continuista, e suas respectivas funções na construção da narrativa no cinema de ficção. Tem por objetivo introduzir o aluno nas noções teóricas e práticas, em especial no âmbito do cinema clássico narrativo, observando orientações básicas como suas principais atribuições, conhecimento e uso das ferramentas de trabalho, vivência do processo de realização de um filme, avaliação das potencialidades e limitações do trabalho e composição. A carga horária total é de 40 horas.
Gláucia Soares é pós-graduada em Audiovisual em Meios Eletrônicos pela Universidade Federal do Ceará. Desde 2006 integra a produtora Alumbramento em Fortaleza, coletivo de 12 artistas residentes no Ceará que desenvolvem trabalhos diversos no campo das artes com ênfase nas produções e exibições em audiovisual.

SERVIÇO
Curso de Assistência de Direção e Continuidade em Cinema, com Gláucia Soares. Inscrições até dia 21 de janeiro, no Instituto de Artes do Pará, mediante apresentação de currículo. O curso acontecerá no período de 26 de janeiro a 1º de fevereiro, inclusive no sábado (30) e domingo (31). O IAP fica na Praça Justo Chermont, nº 236 - Nazaré - ao lado da Basílica. Informações: (91) 4006 2947/4006 2904

OS FILMES E AS CIDADES

Como fazer da cidade o cenário ideal para o seu filme?Bem ou mal sucedida, a tentativa sempre marca presença no jogo da arte & indústria, redesenhando cidades como personagens autônomos. A “Paris” de Cédric Klapisch é narrada em tramas e sub-tramas que podem remeter ao cinema de Altman, este sim o mestre dos plots múltiplos e das reviravoltas inesperadas, aquelas sacadas de roteiros complexos que só os grandes diretores sabem proceder na hora mágica do corte e montagem.
Os primeiros de Almodóvar captaram bem o hype de uma Madri louca e contemporânea. Luis Sérgio Person filma estradas, prédios e indústrias no paredão cinzento de “São Paulo S/A”. De fato, Wim Wenders ama o céu sobre Berlim em “Asas do Desejo”, assim como Sokurov se perde nos bondes de Lisboa em “Pai e Filho”. Fellini, que sabia o amargo e a doce vida, é o diretor da mais perfeita tradução de “Roma”.São cidades sincronizadas pela técnica do cinema, fruto de ações municipais que souberam investir profissionalmente em um produto não poluente chamado cultura. A cena cultural da Londres de Antonioni em “Blow up”, com sua rebeldia, contracultura, mini-saia e vários estímulos sensoriais, embota a profundidade de campo do fotógrafo que deveria ver mais. A mesma Londres, sob o rigor de Woody Allen (que se ausenta de julgamentos), também passeia pela teoria da incomunicabilidade num outro tom, mais trágico, com direito a cortes frios e sem castigos, sem moral da história em “Ponto Final”.Temos ainda o Rio de Janeiro como Faixa de Gaza em “Cidade de Deus”, de Fernando Meireles; Paris duplicada de “Femme Fatale”, de Brian De Palma; a São Paulo antípoda e indiferente em “Vera”, de Sérgio Toledo; a Recife imunda e tensa de “Amarelo Manga”, de Claudio Assis”; e recentemente a viagem rumo a Belém (auto-conhecimento e redenção em “O Sol do Meio-Dia”), de Eliane Caffé.Muito pouco para uma cidade que pouco investe em infra-estrutura e as demandas mais básicas.

Augusto Pacheco

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

"SOBERBA" DE ORSON WELLES NA SESSÃO CINEMATECA DIA 10/01/10


"SOBERBA"
Original: The Magnificent Amberson – EUA, 1942
Direção de Orson Welles
Roteiro de Welles baseado no livro de Booth Tarkington.
Cenas adicionais de Joseph Cotten e Jack Moss.
Fotografia de Stanley Cortez
Música de Bernard Herrmann e Rob Webb
Elenco: Joseph Cotten, Dolores Costello, Anne Baxterm Tim Holt, Agnes Moorehead, Ray Collins e Orson Welles como narrador.
Argumento: Na Indianapolis do final do século XIX o jovem Eugene Morgan deseja casar-se com Isabel Amberson, filha de uma família da classe media alta. O casamento é impedido e ela acaba desposando Wilbur Minafer com quem tem um filho chamado George. Anos depois Wilbur morre e Eugene torna-se um milionário graças à nascente industria automobilística. Reencontrando Isabel ele reinicia o relacionamento, mas o filho dela se coloca contra isso.
Importância Histórica : O filme foi feito depois do famoso “Cidadão Kane”.Orson Welles pensava que ainda possuía o prestigio que desfrutou na empresa RKO, e não chegou a ver a edição final embarcando para o Rio de Janeiro com o objetivo de filmar “O Americano”. Na então capital brasileira ele recebeu telegrama do editor Robert Wise dizendo que a direção do estúdio obrigou-o a cortar muitas seqüências, reduzindo a metragem de mais de 2 horas e meia para apenas 86 minutos. Welles ficou irado, gastando fortuna em telegramas para Wise e superiores tentando preservar a obra de autor. Mas o filme acabou sendo mesmo mutilado. O cineasta renegou o resultado, mas a critica mundial o recebeu como uma obra-prima.Alguns críticos compararam com “Kane”, achando ainda mais qualidades. Welles rompeu relações com a RKO e não terminou o seu filme que estava fazendo no Brasil. Começou uma fase difícil de sua carreira, aceitando papéis diversos e nem sempre condizentes com o seu talento, na qualidade apenas de ator. Como diretor conseguiu filmar para estúdios menores “Jornada do Pavor”(Journey Into Fear- sem assinar), “O Estranho”(The Stranger), “A Dama de Shangai”(The Lady from Shangai),e “Macbeth, Reinado de Sangue”(Macbeth) antes de embarcar para a Europa onde fez alguns trabalhos,como “Grilhões do Passado”(Mr Arkadin),voltando a Hollywood a convite de Charlton Heston, para fazer, na Universal, “A Marca da Maldade”(Touch Evil).
SESSÃO CINEMATECA
"SOBERBA"
Cine Olympia
DOMINGO DIA 10/01/10
16 H
ENTRADA FRANCA
Programação : ACCPA

"O TEMPO É UMA ILUSÃO" DE RENÉ CLAIR NO CINE OLYMPIA


"O TEMPO É UMA ILUSÃO"
Original: It Happened Tomorrow-1944(EUA)
Direção de René Clair
Roteiro de Dudley Nichols, René Clair, Lewis R. Foster, Howard Snyder(novela), Hugh Wedlock Jr (história original), Lord Dunsany(peça original).
Fotografia de Eugen Shüftan e Archie Staut
Música de Robert Stolz
Elenco: Dick Powell, Linda Darnell, Jack Oakie,Edgar Kennedy, John Philiber.
Argumento: O repórter Larry Stevens recebe através do diretor do almoxarifado do jornal onde trabalha um exemplar deste jornal datado do dia seguinte. A repetição da façanha leva o repórter a apenas copiar o que ele mesmo escreveu. Mas chega o dia em que lê a noticia de sua própria morte. E tudo fará, obviamente, para evitá-la.
Importância Histórica : O filme é um dos que o cineasta francês René Clair, precursor do surrealismo no cinema ao lado de Buñuel, Dali e Cocteau, além de ter sido o único autor de cinema a entrar para a Academia Francesa, realizou nos EUA. Ele havia fugido do nazismo e se incorporou na industria cinematográfica americana. Dos seus trabalhos em inglês ganharam público e boa critica este “Aconteceu Amanhã”(como se chamou nos cinemas brasileiros) e ainda “Casei-me com uma Feiticeira”.
A comédia que mexe com o tempo em tom de fabula ainda hoje é vista como inventiva e divertida. Dick Powell,o ator principal, acabou se tornando diretor e feito muitos “filmes noir”. Linda Darnell, que interpreta uma paranormal com quem o personagem de Powell se casa, morreu jovem num incêndio. Era tida como uma das estrelas mais bonitas de Hollywood.
John Philliber, um ator característico, marcou a sua presença como o misterioso tipo que consegue exemplares de jornal vindos do futuro. A idéia é de que ele, como arquivista, pega uma encadernação desses jornais e sabe que as páginas que passam para o lado esquerdo representam o passado e, obviamente, as que estão do lado direito representariam o futuro. Uma concepção poética que abriga um filme bem original.

"O TEMPO É UMA ILUSÃO"
Cine Olympia
De 05 à 10/01/10
18:30 h
Entrada Franca


segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

"PARIS" NO CINE ESTAÇÃO

"PARIS"
Direção e roteiro: Cédric Klapisch
Com Juliette Binoche e Romain
Duração: 130 min.
14 anos
Sinopse : Esta é a história de um parisiense que adoece e se questiona sobre a sua morte. O seu estado dá-lhe um novo olhar sobre as pessoas com quem se cruza. Fá-lo encarar a morte de repente e pensar na vida, na vida dos outros, na vida da cidade que o rodeia. Os agricultores, uma padeira, uma assistente social, um dançarino, um arquiteto, um professor, uma modelo, um clandestino dos camarões… todos eles se encontram reunidos nesta cidade, neste filme.

"PARIS"
Cine Estação
6 de janeiro (quarta): às 18h e 20h30
7 de janeiro (quinta): às 18h e 20h30
13 de janeiro (quarta): às 18h e 20h30
14 de janeiro (quinta): às 18h e 20h30

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